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O Livro dos Mortos e as Tábuas da Lei:

Compreendendo aspectos culturais da Antiguidade.

Templos de Abu Simbel

Conheça mais o complexo de templos construídos por um dos maiores faraós da história, Ramsés II - O grande.

Heracleion é descoberta

A cidade de Cleópatra que permaneceu por mais de milênios submersa é encontrada por arqueólogos, saiba como foi a descoberta e veja fotos.

Morre Prof. Dr. Ciro Flamarion

Uma grande perca para a historiologia brasileira e mundial, saiba um pouco mais sobre esse gênio brasileiro e conheça suas principais obras.

8 de dezembro de 2013

O Livro dos Mortos e as Tábuas da Lei - Compreendendo aspectos culturais da Antiguidade

Ritos diante da Tumba - Página do Livro dos Mortos de Hunefer (XIV Dinastia)
A religião impregnava a vida dos egípcios em diversos aspectos, vivendo-a em sua identidade, em todo tipo de ação ou pensamento. Sua crença surge para explicar fenômenos naturais, afinal, como qualquer povo primitivo, os egípcios respeitavam a natureza e seus fenômenos. O povo egípcio também se tornou muito conhecido pelas suas manifestações culturais em torno da questão da morte, tal era a sua preocupação que é notada pelas providências tomadas em ritos funerários.

O Livro dos Mortos se trata de uma coletânea de fórmulas que facilitam a passagem para o além, escrito em rolos de papiro e colocado nos túmulos junto das múmias. Estes textos eram um recurso do qual o morto dispunha em seu auxílio em sua viagem para o outro mundo, afastando os perigos que poderia encontrar em sua viagem.

O livro data do Novo Império, reunindo textos funerários de períodos anteriores, como “O Texto das Pirâmides” e o “Texto dos Sarcófagos”, ao mesmo tempo também incluindo novos textos de forma a resultar na coletânea que hoje é conhecida como “O Livro dos Mortos”.
Este nome se trata do título dado pelos árabes. O título original era “Per-em-hru”, o “Livro da chegada à Luz”.
Nedjmet e Herihor, seu marido fazendo oferendas para Osíris, Ísis e os quatro filhos de Hórus, que também estão assistindo a uma cena da pesagem do coração - Página do Livro dos Mortos (XXI Dinastia)
Deusa Egípcia Maat
Deus Egípcio Toth
Para este povo, o conjunto de textos se tratava de uma obra do deus Toth que fala pela boca do morto. Sua idéia central era o respeito à verdade e a justiça. Acreditavam que diante da deusa Maat, a própria ordem cósmica e verdade universal, não importariam riquezas ou posição social do falecido, mas apenas os atos seriam levados em consideração. Ou seja, já no Egito se pensava que o destino dos mortos dependia do valor da conduta moral em vida.

A descoberta desta fonte garantiu um conteúdo riquíssimo para a pesquisa e conhecimento da cultura do Antigo Egito. Além de permitir a compreensão das crenças e práticas, o livro permitiu levantar uma série de questões em torno disto. E uma delas será abordada neste artigo.

The Finding of Moses (Edwin Long, 1886)
Segundo a Bíblia, Moisés, encontrado às margens do Rio Nilo, foi adotado pela família do faraó, anos depois libertando o povo hebreu do domínio egípcio. Antes disto, cresceu em meio a elite, adotando seus costumes e crenças por boa parte de sua vida.

Esta mesma elite valia-se deste livro para seguir o caminho da morte com mais tranquilidade e, quando julgados, usariam de seu conteúdo para aliviarem o peso de seu coração quando pesado diante da pena de Maat.

Dentre o conteúdo disposto na coletânea, encontramos as “42 confissões negativas”, feitas a 42 deuses. Algumas destas se aproximam muito dos conceitos dos “10 Mandamentos”, escritos por Moisés.

Assim como Maat é a verdade e lei que rege homens e deuses, Moisés é dentro da crença cristã o homem que trás nas tábuas o conjunto de leis para que o homem conduza sua vida de forma correta. Da mesma forma que os homens que desrespeitam o código de Maat tem sua alma condenada e indigna à presença dos deuses, os homens que não seguem os mandamentos escritos por Moisés é um pecador, portanto não é digno do reino dos céus e da presença de Deus Pai.
Anúbis pesando o coração de Hunefer. Ao lado notamos o deus Toth.
(Cena semelhante no papiro de Ani)
Segue abaixo o trecho das 42 confissões:

Livro dos Mortos do Antigo Egito
Extratos do Papiro da Real Mãe Nezemt
As Confissões Negativas - Capitulo 25, prancha 5

1. Eu não cometi pecados
2. Eu não assaltei
3. Eu não roubei - Êxodo 20:15 Não deves furtar (Não roubaras)
4. Eu não agi com violência
5. Eu não matei seres humanos - Êxodo 20:13 Não deves assassinar (Não mataras)
6. Eu não roubei oferendas - Êxodo 20:15 Não deves furtar (Não roubaras)
7. Eu não causei destruição
8. Eu não pilhei a propriedade divina do templo
9. Eu não cometi falsidade
10. Eu não sequestrei grãos
11. Eu não amaldiçoei - Êxodo 20:16
12. Eu não transgredi
13. Eu não abati o rebanho divino do templo
14. Eu não fiz o mal
15. Eu não saqueei a terra cultivada - Êxodo 20:17
16. Eu não agi com luxuria
17. Eu não amaldiçoei ninguém
18. Eu não fiquei irado sem causa justa
19. Eu não dormi com o marido de nenhuma mulher - Êxodo 20:14
20. Eu não polui a mim mesmo
21. Eu não aterrorizei nenhum homem
22. Eu não pilhei - Êxodo 20:15
23. Eu não agi com raiva
24. Eu não me fiz de surdo ao ouvir palavras de justiça e verdade
25. Eu não aticei brigas - Êxodo 20:16
26. Eu não fiz ninguém chorar
27. Eu não forniquei - Êxodo 20:14
28. Eu não destruí meu coração
29. Eu não amaldiçoei ninguém - Êxodo 20:16
30. Eu não exagerei
31. Eu não realizei julgamentos precipitados - Êxodo 20:16
32. Eu não cortei a pele e pelos de animais divinos
33. Eu não elevei minha voz em conversas
34. Eu não cometi pecados e não procedi mal
35. Eu não amaldiçoei a realeza
36. Eu não desperdicei água
37. Eu não agi com arrogância
38. Eu não amaldiçoei divindades - Êxodo 20:7
39. Eu não agi com falso orgulho
40. Eu não agi com desdém
41. Eu não aumentei minhas riquezas exceto por meio de meus próprios recursos - Êxodo 20:15
42. Eu não desprezei o principio de minha cidade

Moisés com as Tábuas da Lei (Rembrandt)
E aqui seguem os Mandamentos de Moisés:

1. Amar a Deus sobre todas as coisas;
2. Não usar o nome de Deus em vão;
3. Ter um dia, na semana, para descanso e recolhimento. (adaptado)
4. Honrar pai e mãe;
5. Não matarás;
6. Não cometer adultério;
7. Não roubar;
8. Não levantar falso testemunho;
9. Não desejar a mulher do próximo.
10. Não cobiçar o que é do outro.

Sabe-se que o povo judeu seguia um estilo de vida nômade, inclusive faz parte de sua história a passagem pelo Egito e o tempo em que ficaram sobre o poder deste império. Também se sabe que começaram a escrever a aproximadamente 1000 a.C., logo após o império babilônico. Seu pergaminho mais antigo data de 600 a.C. (Gênesis). Tanto os textos funerários anteriores quanto “O Livro dos Mortos” são anteriores, sendo que inicialmente foi destinado a sepultamentos de membros da família real ao final da XVII e início da XVIII dinastia. Sua evidência mais confiável, é escrita em papiro é o “manuscrito de Nu”, não posterior ao reinado de Amenhotep III, por volta de 1388 a.C.

Portanto, teria Moisés herdado dos egípcios tais teorias a ponto de inspirá-lo ao escrever “Os 10 Mandamentos”? Este é um ponto muito discutido e cercado de opiniões.

Se analisarmos o contexto no qual o papel de Moisés se insere trazendo as “Tábuas da Lei” como “o caminho de uma vida liberta da escravidão do pecado”. Estas leis representam uma aliança estabelecida entre Deus e o povo israelita.

Após a saída do Egito, este povo necessita de liderança, o estabelecimento de um conjunto de regras que possam reger esta sociedade. Moisés, que conduz este povo, assume esta responsabilidade com este pacto, ou seja, era algo necessário para aquele momento. Portanto, estas regras seriam um ponto crucial nos modos de vida deste povo, assim como estes textos funerários faziam parte dos principais traços culturais da sociedade egípcia.

É um tanto equivocado afirmar que estes mandamentos teriam partido do nada ou possuem características únicas ou nunca antes pensadas. Na antiguidade, estas práticas eram utilizadas em diversos grupos, ainda que de formas diferentes, afinal, as produções culturais variam de acordo com os povos. Haveremos de encontrar características semelhantes em outras fontes como o Código de Hamurabi. Inclusive estes códigos podem ser e são entendidos como traços iniciais que mostram a necessidade de conjuntos de normas de convivência em sociedade. Hoje por exemplo, convivemos em uma sociedade regida por um conjunto de uma série de leis. Da mesma forma que o “Livro dos Mortos” influíam profundamente no comportamento egípcio, os Mandamentos influiriam no modo de vida e doutrina do povo judeu e diversos outros que emergiram a partir deste.

Este livro não é apenas um marco na literatura funerária egípcia, como também do próprio ser humano diante de questões universais como a existência de uma alma imortal. E há uma grande probabilidade de que estes mandamentos tenham uma inspiração calcada na tradição egípcia, já que Moisés foi criado nesta tradição e portanto, poderia ter levado este conhecimento ao seu povo de origem.

Também é interessante salientar que a civilização ocidental contemporânea se apóia em bases como a grega e a hebraica, o pensamento racional e o cristianismo. Estas correntes se apoiam em outros pilares assim como o Egito Antigo, o grego, hebreu, dentre outros. Alguns nomes conhecidos da cultura grega passaram pelo Egito e tiveram contato com sua cultura.

Um costume contemporâneo muito comum é o de colocar flores nos túmulos, assim como também o de conversar com os mortos diante dos túmulos onde é possível relacionar a algumas semelhanças com o Antigo Egito. A noção que temos da vida além-túmulo certamente tem uma influência egípcia, assim como também de gregos e hebreus. Estes são exemplos interessantes que nos levam a perceber que a cultura egípcia trouxe uma série de influências a outras culturas.

Muitos se perguntam sobre qual a importância de conhecermos ao menos um pouco destas culturas, tão distantes de nós em questão de tempo e espaço. Compreender os traços culturais egípcios pode nos ajudar a compreender melhor os nossos próprios.

6 de julho de 2013

O Templo de Karnak

Templo de Karnak ou Carnaque tem este nome devido a uma aldeia vizinha chamada El-Karnak, mas no tempo dos grandes faraós esta aldeia era conhecida como Ipet-sut ("o melhor de todos os lugares").
Designa o templo principal destinado ao Deus Amon-Rá, como também tudo o que permanece do enorme complexo de santuários e outros edifícios, resultado de mais de dois mil anos de construções e acrescentos. Este complexo abrange uma área de 1,5 x 0,8 km. Existiam várias avenidas que faziam a ligação entre o Templo de Karnak, o Templo de Mut (esposa de Amon) e o Templo de Luxor. Além disso, não muito longe, fica o templo de Montu, sendo que o de Khonsu (um dos templos mais bem conservados do Egito) está dentro do próprio complexo.



Foi iniciado por volta de 2200 a.C. e terminado por volta de 360 a.C. O Templo de Karnak era naquela altura o principal local de culto aos deuses de Tebas, entre os quais: Amon, Mut e Khonsu, atingiu o seu apogeu durante a XVIII dinastia, após a eleição de Tebas para capital do Egito. No maior templo do Egito nenhum pormenor era descurado, e durante a XIX dinastia trabalharam no templo cerca de 80 000 pessoas. O templo esteve submerso nas areias egípcias durante mais de mil anos, antes dos trabalhos de escavação começarem em meados do século XVIII, a enorme tarefa de restauro e conservação continua até aos nossos dias.
Atualmente é um dos locais mais procurados pelos turistas que visitam o Egito e pode ser admirado à noite um espetáculo de luz e som.
Os monumentos de Karnak, à margem direita do Nilo, no Alto Egito, próximo a Luxor, integrando sítio histórico de Tebas, representam o conjunto arquitetônico mais imponente do Egito, embora não poucas de suas construções hajam desaparecido, por efeito da pilhagem secular de que foram vítimas. Vestígios do Médio Império atestam a importância de Karnak já a essa época histórica. Até o fim da civilização egípcia, Karnak se manteve como centro religioso do Império: seu deus (sob a forma solarizada de Amon-Rá) e seus sacerdotes adquirem um poder prodigioso, que chega a ameaçar a própria instituição faraônica.


Templo de Amon-Rá

A construção mais importante do conjunto de Karnak é o grande templo de Amon-Rá, cujo plano, muito complexo, testemunha numerosas vicissitudes da história dos faraós. O grande eixo este-oeste é balizado por uma série de pátios e pilones; medindo 103m de largura por 52m de profundidade, a célebre sala hipostila encerra verdadeira floresta de 134 colossais colunas em forma de enormes papiros. Com 21m de altura e diâmetro de 4 m, essas colunas não dão, apesar de maciças, impressão de peso; os nomes de Seti I e Ramsés II aí se vêem inscritos, repetidos indefinidamente. Numerosos edifícios secundários completam o grande templo de Amon-Rá: capelas de Osíris, templo de Ptah, templo de Opeth etc. A parte S do complexo é chamada Luxor. Os anais de Tutmés III, nas paredes, registram 20 anos de conquistas e arrolam as plantas e animais exóticos que o faraó trouxe da Ásia. Esfinges de pedra, ao longo do eixo principal, parecem guardar as ruínas, na fímbria do deserto.



5 de julho de 2013

Historiador Ciro Flamarion, falece aos 70 anos, vítima de câncer



Ele foi um dos mais principais historiadores do país e ganhou renome internacional com o livro "Os Métodos da História", que escreveu com o professor e escritor argentino Héctor Pérez Brignoli.


Faleceu, no último sábado (29/06/2013), Ciro Flamarion Cardoso, aos 70 anos, vítima de um câncer. Ele foi um dos principais historiadores do país e ganhou renome internacional com o livro "Os Métodos da História", que escreveu em parceria com o professor e escritor argentino, naturalizado costarriquenho, Héctor Pérez Brignoli.
Ciro Flamarion Cardoso nasceu em 20 de agosto de 1942 e se formou em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na carreira acadêmica, ele tornou-se doutor pela Universidade de París X e trabalhou como professor e pesquisador em diversos países latino-americanos e europeus. Lecionou na Universidade da Costa Rica e na Universidade Nacional da Costa Rica, bem como na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade Católica de Petrópolis (UCP). Atualmente era professor de Mestrado em História na Universidade Federal Fluminense, campus Gragoatá, em Niterói (RJ).
Marxista, Ciro Flamarion Cardoso não deixava de criticar o marxismo, no que diz respeito à visão linear da história pregada por partidos políticos e estudiosos de esquerda.

Via: Brasil de Fato

A Cidade de Heracleion foi descoberta



A cidade Perdida de Heracleion foi descoberta. Franck Goddio e mergulhadores de sua equipe estão inspecionando a estátua de um faraó. A estátua colossal é de granito vermelho e as medidas de mais de 5 metros. Foi encontrado perto do grande templo do afundado Thonis-Heracleion e remontado no local. A cidade Heracleion estava afundada no mar Mediterrâneo há 1.200 anos. Acreditava-se que era uma lenda, até que foi descoberto por acidente em 2001 A cidade de Heracleion, foi o local onde o templo de Cleópatra foi inaugurado, era um dos centros comerciais mais importantes da região do Mediterrâneo antes de desaparecer no que é hoje a Baía de Aboukir. 



Mais imagens:











Fonte: Telegraph

Assista a um documentário produzido pelo Canal Discovery Channel, sobre a descoberta:



Sinopse:
Esta é a primeira de uma série de explorações subaquáticas com Frank Gioddio, que é já considerado o novo Jacques Cousteau. No antigo porto de Alexandria, no Egito, ele descobriu recentemente a ilha de Antihorros, de onde Cleópatra governou o Egito e onde morreu na companhia de Marco Antônio.

Ramsés II: O Complexo de Abu Simbel



Templo de Ramsés II


O templo foi construído por Ramsés II para comemorar sua vitória na batalha de Kadesh (ca. 1274 aC). É dedicado ao culto de Ramsés próprios (os faraós eram considerados deuses) e as divindades mais importantes do antigo Egito, Amon, Rá e Ptah. Estes três deuses tinham o seu capital e ao longo da história do antigo Egito foram altamente reverenciado. Rá era o chefe do Grupo dos nove de Heliópolis, Amon chefe da Tríade de Tebas e do grande deus Ptah de artesão Mênfis. Ao lado dos três representa Ramsés como o quarto grande deus do Egito. A construção do templo começou em 1284 para aproximadamente. C. e durou cerca de 20 anos, até 1264 a. C.


Ele é um dos seis templos construídos ou escavado na rocha, que foram construídas na Núbia durante o longo reinado de Ramsés II. O objetivo do templo era impressionar os vizinhos ao sul e reforçar a influência da religião egípcia na região. A fachada do templo é de 33 metros de altura por 38 metros de largura e é guardado por quatro estátuas sentadas, cada uma das quais é de cerca de 20 metros de altura, esculpida diretamente na rocha. Todas as estátuas representam Ramsés II, sentado em um trono com a coroa dupla do Alto e Baixo Egito. A estátua do lado esquerdo da entrada foi danificada por um terremoto, dividindo. Com a deslocalização do templo foi discutido sobre a possibilidade de reconstruir ou não, de finalmente se decidir, uma vez que estava indo embora. Você também pode ver muitas estátuas menores ao pé das quatro estátuas principais, representando vários membros da família do rei, sua mãe, sua esposa e alguns de seus descendentes.




O interior do templo tem um layout semelhante à maioria dos templos do antigo Egito, com salas menores com o aproximar do santuário. O primeiro quarto contém oito estátuas de Ramsés elevados a Deus, tomando a forma de Osíris. Estas estátuas estão ligados às colunas. Nas paredes você pode ver impressões com cenas das vitórias egípcios na Líbia, Síria e Núbia. O santuário contém três estátuas de deuses Rá, Ptah, Amon e Ramsés, todos sentados. O templo foi construído em tal direção que os dias 21 de outubro e 21 de fevereiro (61 dias antes e 61 dias após o solstício de inverno, respectivamente) sol penetrou no santuário, localizado na parte de trás do templo, e iluminar o rostos de Amon Rá e Ramsés, deixando apenas o rosto do deus Ptah no crepúsculo, ele era considerado o deus das trevas. Diz-se que estas datas correspondem aos dias do aniversário do rei e sua coroação, embora sem dados comprobatórios. Após o deslocamento do templo, verificou-se que o fenômeno solar ocorre uma diferença de dias a partir de Outubro original 22 e 20 de fevereiro (60 dias antes e 60 dias após o solstício). 

Devido à construção da barragem de Assuã para criar Lago Nasser e o conseqüente aumento do nível do Nilo era necessário realocar vários templos, incluindo aqueles que estavam na beira do rio. Uma equipe internacional importante tratado de grandes blocos e remontado em um lugar seguro todo o templo, como um quebra-cabeça gigante. Em 1959, ele iniciou uma campanha internacional de angariação de fundos para salvar os monumentos da Núbia, como alguns deles estavam em perigo de desaparecer sob a água, como resultado da construção da barragem de Assuã. Os países participantes foram recompensados com alguns pequenos templos da Núbia. O salvamento dos templos de Abu Simbel começou em 1964 e custou a soma de US $ 36 milhões. Entre 1964 e 1968, os templos foram desmontados para ser reconstruída em uma área próxima, 65 metros de altura e cerca de 200 metros de distância. No entanto, este projeto, o templo continua a deteriorar-se por causa da erosão causada pelo vazamento das águas do Lago Nasser.








Templo de Nefertari

Enquanto o Grande templo de Abu Simbel é um templo com estatuária excessiva e de tamanho exorbitante, o templo de Nefertari parece ser baseado no templo funerário da rainha Hatshepsut (1520 aC.). O templo é muito simples e construído em dimensões bastante inferiores às do templo de Ramsés.
O pequeno templo de Abu Simbel, localizado 150 metros a norte do templo maior, foi construído em honra à sua esposa preferida, Nefertari, e é dedicado à deusa do amor e da beleza, Hathor. A fachada do templo representa no total seis estátuas, de dez metros cada uma, todas com a perna esquerda mais à frente da direita em posição de marcha. Duas delas são de Nefertari (uma de cada lado da entrada) e cada uma dessas estátuas está ladeada por duas estátuas de Ramsés. A ordem dos colossos da esquerda para a direita é a seguinte:






  • Ramsés II com a coroa do Alto Egito e a barba postiça;


  • Nefertari com características da deusa Hathor, disco solar entre 2 altas plumas e cornos de vaca;


  • Ramsés II com a coroa branca do Alto Egito e a barba postiça;


  • Ramsés II com a coroa dupla da união do alto e baixo Egito e barba postiça;


  • Nefertari com características da deusa Hathor, disco solar entre 2 altas plumas e cornos de vaca;


  • Ramsés II com o nemes, a coroa atef e a barba postiça,



  • Na fachada existem também pequenas imagens das crianças reais, representações dos príncipes entre as pernas do faraó, e das princesas entre as pernas da rainha. A porta de acesso ao templo está decorada com inscrições do nome do faraó, e representações do faraó a fazer oferendas às deusas Hathor e Ísis.
    Quando se entra no templo encontra-se uma sala quadrada com 11 metros de comprimento e 10,8 metros de largura com seis pilares colocados em duas filas, na frente dos quais está representada a cabeça da deusa Hathor e nos outros lados dos pilares tem figuras da casal real e de outros deuses. Sobre a cabeça da deusa Hathor estão escritas histórias do faraó ou da rainha, separadas por fórmulas de adoração às deusas: Mut, Ísis, Satis, Hathor, Anukis e Urethekau. Esta sala possui três portas que levam a uma câmara transversal estreita e esta, por sua vez, tem ligação com duas câmaras laterais inacabadas e com o santuário.
    As câmaras laterais não têm decoração, pensando-se que deveriam servir como armazém de objectos utilizados em cerimônias religiosas.
    O santuário tem uma estátua da deusa Hathor saliente da rocha entre dois pilares de Osíris e nas paredes estão representadas cenas de oferendas.