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O Livro dos Mortos e as Tábuas da Lei:

Compreendendo aspectos culturais da Antiguidade.

Templos de Abu Simbel

Conheça mais o complexo de templos construídos por um dos maiores faraós da história, Ramsés II - O grande.

Heracleion é descoberta

A cidade de Cleópatra que permaneceu por mais de milênios submersa é encontrada por arqueólogos, saiba como foi a descoberta e veja fotos.

Morre Prof. Dr. Ciro Flamarion

Uma grande perca para a historiologia brasileira e mundial, saiba um pouco mais sobre esse gênio brasileiro e conheça suas principais obras.

23 de setembro de 2014

VISÃO GERAL DO EROTISMO NO ANTIGO EGITO

O erotismo egípcio antigo pode ser representado, basicamente, em três tipos de fontes. A primeira delas pode ser encontrada na forma de imagens gráficas (papiros, gravação sobre pedras, utensílios domésticos, etc.), a segunda em redações literárias (como poemas) e a terceira nas chamadas "artes práticas" (textos médicos, diários de viagens, etc.). Entretanto, a quantidade de fontes que encontramos relacionadas à temática sexual-erótica é escassa e quando encontrada, na maioria das vezes, carece de conservação. Sexualidade e erotismo estavam ligados a um modo religioso de ver o mundo por parte dos antigos egípcios. As manifestações de caráter erótico não eram vistas como "mundanas" pela população do Nilo. Pelo contrário. Eram relacionadas com rituais de fertilidade que garantiam a fecundidade das terras próximas ao Nilo. Deuses com histórias mitológicas carregadas de sexualidade eram Osíris, Ísis, Seth e Hórus (outros casos também existem).

EL-QHAMID; TOLEDANO, Joseph. Erotismo e sexualidade no Antigo Egito. Ediciones Folio S.A.: Barcelona, 2007. p. 57.
Cena do Papiro Erótico de Turim onde observamos a carência de conservação da fonte.

Cena acima reconstruída
Cena acima reconstruída
O Papiro Erótico de Turim, encontrado em Deir el-Medina, é a fonte escrita mais conhecida quando se trata de estudos relativos ao erotismo na Terra dos Faraós. Armazenado no Museu Egípcio de Turim, está em um avançado estado de deterioração. Basicamente ele apresenta uma sequência de doze cenas que envolvia uma orgia entre homens e mulheres. O papiro é guardado com bastante cuidado e necessita-se de uma autorização especial para analisá-lo de perto. Curiosamente, tal como os gibis modernos, algumas das cenas libertinas exibem um pequeno texto anexo. Seria um recurso explicativo? A região de Deir el-Medina tinha uma considerável produção de artefatos relacionados ao erotismo. Se grande era a produção, maior ainda, podemos cogitar, que seria a demanda. “[...] A extraordinária importância que as classes mais baixas do Egito antigo davam a sexualidade foi retratada nos achados arqueológicos. [...]” (EL-QHAMID; TOLEDANO, 2007: p. 23).
Para os antigos habitantes do Nilo cada órgão ou ato sexual poderia apresentar uma dúzia de sinônimos, sendo o homem, sempre, o elemento dominante do erotismo egípcio. Os autores de “Erotismo e Sexualidade no Antigo Egito”, El-Qhamid e Joseph Toledano, também nos falam a respeito da chamada “prostituição ritual” que acontecia tanto nos arredores do Egito quanto no próprio Egito: “[...] Nas culturas vizinhas do Egito, a prostituição ritual era muito difundida, e nos centros de culto religioso havia prostíbulos ‘para a glória do deus’. Como resultado da prostituição ritual, os lugares sagrados eram decorados com pinturas e esculturas eróticas que serviam de chamariz. Em contrapartida, não existe unanimidade em torno da ideia de que, no Egito, a prostituição tenha sido institucionalizada [...].” (EL-QHAMID; TOLEDANO, 2007: p. 24).
Um fato bastante interessante dentro desta temática sexual-erótica, são os dados relativos ao adultério, ato que seria praticado pelas mulheres dos trabalhadores do Vale dos Reis. Os operários eram naturais de Deir el-Medina e iam para o Vale trabalhar na construção das tumbas. Ficavam por um período de dez dias e após isso voltavam para suas casas para descansarem num intervalo de três dias. O tempo em que os maridos estavam fora de casa era “hora perfeita” para o adultério feminino acontecer. Em outros relatos vemos casos de homens e mulheres que se relacionavam intimamente com animais (zoofilia). Entretanto, tendo em vista que viviam sobre uma cultura diferenciada, necessitamos perceber que esse ato tinha caráter religioso para os egípcios. A homossexualidade masculina era relativamente tolerada, graças, principalmente pelas aventuras entre Seth e Hórus. O lesbianismo aparecia em alguns textos, mas era menos frequente.

Reconstrução do Papiro Erótico de Turim
Reconstrução de parte do Papiro Erótico de Turim

Muito populares na época estavam os amuletos e remédios para melhorar o desempenho sexual. Receitas para cessar a impotência, aumentar a fertilidade e até precaver a gravidez indesejada já eram de uso habitual entre homens e mulheres desde os tempos faraônicos. E, ao contrário do que ainda conseguimos perceber na sociedade atual, erotismo e sexualidade não encarados como tabu pelos antigos egípcios. Tudo era uma questão de costume ou então, de um ponto de vista religioso.


REFERÊNCIAS:
EL-QHAMID; TOLEDANO, Joseph. Erotismo e sexualidade no Antigo Egito. Ediciones Folio S.A.: Barcelona, 2007. p.p. 13-29.

14 de setembro de 2014

O papel da mulher no Antigo Egito

Amon-Rá abençoando a rainha Hatshepsut com honras de faraó.
 Relevo do deus Amon-Rá abençoando a rainha Hatshepsut com honras de faraó.
Mesmo desde a época pré-dinástica e, sobretudo no período dinástico, a mulher egípcia já desfrutava de uma invejável posição sócio-política-cultural, chegando, em certos períodos, a equiparar-se ao homem. Seu prestígio era bem mais acentuado que o de suas contemporâneas de sociedades vizinhas. Historiadores gregos, como Heródoto, Plutarco, Diodoro e Hecateu de Mileto, ficaram surpresos diante da hierarquia que a mulher egípcia ocupava na comunidade. Juridicamente, possuía os mesmos direitos, prerrogativas e as mesmas responsabilidades.

Podiam dispor de bens próprios e ser proprietárias de terras por elas mesmas administradas; participavam de transações comerciais; também herdavam bens e faziam testamentos. Quando se casavam, continuavam a dispor de seus bens e, em caso de separação do cônjuge, tinham seus direitos garantidos. Iguais perante aos códigos de leis, podiam apresentar-se diante dos tribunais como acusadoras, defensoras ou testemunhas. Eram responsáveis pelos seus atos e, igualmente, estavam sujeitas às mesmas penalidades ou castigadas com a mesma severidade que as dispensadas aos homens.

A condição normal da mulher era a de casada, constituindo parte de uma família monogâmica, núcleo da sociedade egípcia na época faraônica. As representações de casais e seus filhos mostram a importância da estrutura familiar e o papel fundamental representado pela mulher. Esse prestígio de que a mulher egípcia gozava se fazia sentir, não só no setor político e religioso, mas ainda na esfera social e nas diversas profissões de nível superior. Há relatos de duas médicas que ficaram conhecidas no Antigo Egito, inclusive exercendo cargos de chefia e outros de trabalho de grande responsabilidade.

A primeira médica citada nos textos é NEFERICA-RÁ ou NEFER-KA-RÁ, médica-obstetra que atuou na corte do Faraó SAHURÁ – 5ª. Dinastia (2494-2345 a.C.). Outra médica, mais citada nos textos, foi PESESHET que atuou durante o reinado do Faraó Amenhotep III – 18ª. Dinastia – Novo Império (1552-1305 a.C.). Exerceu suas funções como “diretora de equipe de médicos” e, nas representações, era sempre citada como “aquela que arbitra” ou “aquela que decide”, confirmando sua posição como uma autoridade conceituada no âmbito da Medicina. PESESHET foi homenageada por seu filho, o Sacerdote Akhet-Hetep, que lhe dedicou uma Estela comemorativa em Gizé, na qual estão claramente gravados o nome e os títulos honoríficos de sua mãe.


Devemos ressaltar que a posição sócio-cultural e profissional alcançada pela mulher não se restringia apenas àquelas pertencentes à nobreza. Também as mulheres do povo desfrutavam de dignidade e de respeito na sociedade faraônica.Mas, o auge do prestígio da mulher no Antigo Egito pode ser facilmente avaliado pelas importantes realizações no âmbito religioso e na realeza. Princesas e as esposas dos faraós exerciam atividades de grande relevo nas práticas religiosas. Eram as “Divinas Adoradoras de Amon” – “Divinas Esposas Reais” – “Mães do Faraó-Deus” – “Cantoras de Amon”. Participavam ativamente dos rituais de oferendas às divindades, cerimônias de consagração e de jubileus, orações e procissões de barcas sagradas.


Em toda essa representatividade a mulher, como sacerdotisa da divindade (de ÍSIS, de HATHOR, de SEKHEMET) tinha um papel preponderante, mormente naqueles rituais em que se celebrava o nascimento do “Filho Divino”, do Faraó-Deus, representados profusamente nos santuários dos “mamisis”, em vários templos. E, como corolário desse prestígio, não podemos deixar de citar as famosas “rainhas-Faraós”, cujos nomes a história tem conservado tão zelosamente e que exerceram suas funções como soberanas incontestes, dedicando suas vidas aos ideais de bem governar o Egito, a grande potência da Antiguidade.

Tumba de Nefertari no Vale das rainhas.
Nefertari, a esposa real do faraó Ramsés II (XIXª dinastia). 

Eis-nos, então, diante de uma plêiade de rainhas autênticas e consagradas: – Nitócris – Hatchepsut – Nefertiti – Tausert – Cleópatra – nomes que os séculos têm repetido e relembrado como mulheres que gravaram em suas vidas os marcos da glória e do poder.



Texto do Professor, doutor, e membro do ex-Centro de Egiptologia e atual GEAF (Grupo de estudos avançados) Prof. Dr. Geraldo Rosa Lopes.


Referências bibliográficas.
LOPES, Geraldo Rosa. O Papel da Mulher no Antigo Egito.

27 de agosto de 2014

Egito, terra africana.



Um dos assuntos mais controvertidos em termos de historiografia é a relação entre o Antigo Egito e povos de fenótipo negroide, tendo como questão central a pergunta “qual era a raça dos antigos egípcios?”. Dificilmente, porém, se para para se questionar o que significa o termo “raça”.

“Raça” é uma palavra que se refere biologicamente a grupos humanos. Animais não possuem raça, possuem, quando muito subespécies, a não ser no caso de animais domesticados (cães, gatos, gado bovino, ovino e caprino, cavalos e muares, galináceos, etc.) todos manipulados artificialmente para servirem a propósitos HUMANOS. No contexto da humanidade não é diferente. As raças não pertencem à natureza, mas ao social. Enfim, o conceito de raça define diferenças externas socialmente definidas e qualificadas, e só apontam para DIFERENÇAS SOCIAIS e não para DIFERENÇAS NATURAIS. Assim, as diferenças físicas marcam especificidades valoradas socialmente, havendo então as “raças superiores”, cuja aparência é socialmente mais desejada, às quais são atribuídas as características morais mais positivas e características cognitivas de excelência, e toda uma hierarquia de “raças inferiores”, cuja aparência é socialmente mais rechaçada e estigmatizada, às quais são atribuídas as características morais mais positivas e características cognitivas deficitárias. Enfim, o bem, o bom e o belo estaria do lado da “raça superior” e o mal, o ruim e o feio estaria do lado da “raça inferior”. A Natureza, porém não possui nenhum destes atributos. Desta forma, pertencer ou não a uma raça ou outra tem somente importância social ou pessoal, mas nenhuma relevância objetiva ou racional.

No entanto, historicamente falando, a questão da raça teve um papel fundamental na história recente da Humanidade, no que tange à questão do colonialismo e do escravismo moderno, que se utilizaram da ideia de raça, que providencialmente se converteu em “ciência” ao longo do século XIX para subjugar povos inteiros, reduzindo milhões de seres humanos às condições mais abjetas. A raça, antes um conceito fluido e relativo, se tornou uma “realidade”, com consequências catastróficas no mundo moderno e contemporâneo. Infelizmente, a luta contra estes efeitos catastróficos poucas vezes se dirigiu contra a sua causa principal: a invenção da ideia de raça, e continuou considerando-a algo realmente verdadeiro.

A História foi utilizada como justificativa para legitimar este conceito espúrio, com o discurso de que “raças inferiores” jamais seriam capazes de sozinhas construírem uma “civilização”, que sempre teriam existido indivíduos de “raças superiores” na fundação das várias civilizações do mundo, o que ajudou a forjar os mitos dos “loiros perdidos” nos confins da África, Ásia e mesmo nas Américas, contidos nos romances de H. Rider Haggard, Edgar Rice Burroughs ou mesmo no Livro de Mórmon.


Uma das reações a estas ideias partiu da luta anticolonialista e anti-racista que, com grande ardor militante, começou a defender ideias totalmente opostas. Mas infelizmente, sem abandonar o racialismo, apenas o colocaram do avesso, sem destruí-lo realmente. Onde haveriam brancos no começo de tudo, passaram a enxergar negros por toda parte. Estas ideias nascidas nos Estados Unidos, levavam consigo o código racial estadunidense, onde “uma gota de sangue negro” tornaria a pessoa negra. É verdade que, sob esta perspectiva, parte considerável dos povos da Bacia do Mediterrâneo e Oriente Médio jamais poderiam ser declarados “brancos” nos EUA, ainda que muitos pudessem passar como tais. Mas se esquece que o conceito de raça é SOCIAL, e o que caracteriza raças “superiores” e “inferiores” nos EUA não necessariamente pode servir como regra para o resto da humanidade, sobretudo em lugares como o Norte da África, Oriente Médio ou mesmo América Latina. Assim mesmo, esta corrente intelectual, que tenta se legitimar como científica, declara que os Antigos Egípcios eram “negroides”, usando o mesmo tipo de argumento que o discurso racista utiliza, mas com sinal invertido. Essa corrente é conhecida como AFROCENTRISMO.



Estátua Retrato de Ka-Aper, 5ª Dinastia (2450-2350 aC). 
(c) Museu Egípcio do Cairo.
Histórica e socialmente falando, o termo “África” sempre foi associado com “negro”. Assim a ideia do afrocentrismo poderia mais ser considerada um “negrocentrismo”, pois tende a desconsiderar várias populações legitimamente africanas que não possuem o fenótipo negroide e, pior, acabam na esparrela de estereotipar a África como local de um povo só, como defendia o discurso colonialista, cuja divisão se faria apenas em “tribos”, e não por uma enorme diversidade de nações, culturas e mesmo de tipos físicos. Há vários tipos diferentes de negroides, ademais, muitos destes nem são originários da África, como os nativos da Melanésia ou da Papua Nova Guiné que, mesmo sendo fenotipicamente negroides, são mais próximos geneticamente dos chineses do que dos congoleses. Enfim, toda esta discussão sobre “raça” ou sobre “negro = África” não tem muito sentido.

Na corrente racialista colonialista, a História do Antigo Egito obedecia os ditames da ideia de “raças superiores” X “raças inferiores”, em que povos caucasoides vindos da Ásia teriam se instalado no Delta do Nilo e eventualmente submetido povos mestiços de negroides do sul, e assim criado a Civilização Antigo Egípcia, na assim chamada "Hipótese da Raça Dinástica". Mas muito cedo, a Arqueologia foi desvendando que o caso teria sido parcialmente o oposto: foram populações autóctones do Alto Egito, presentes na região desde o epipaleolítico que impuseram sua suserania a populações do norte, parcialmente oriundas da Ásia mescladas com outras também do oeste.

Os estados pré-dinásticos do Alto Egito cuja disputa conduziu à unificação do país eram formados, segundo a arqueologia e a paleoantropologia, por indivíduos de diferentes tipos físicos. Haviam pessoas de tipo negroide, esguios, baixos e crânios arredondados, que se veem hoje em dia entre algumas populações da Baixa Núbia e Eritréia/Somália, tipos simplesmente mediterrâneos, de crânio pequeno e mais ou menos alongado, e do tipo berbere “grácil”, de rosto comprido e crânio achatado (capsiano), alguns, cujos cadáveres se mumificou naturalmente, com cabelos loiros e ruivos. Todos estes tipos compunham tanto a elite como a “plebe” local, não havendo sinais evidentes entre a preponderância social de um tipo sobre o outro. Não parece ter sido uma sociedade “racista”.

Os povos do Delta e do Faiyoum pré-dinástico são menos conhecidos. Mas o tipo núbio acima citado e o tipo berbere “grosseiro” (iberomaurusiano ou mechtóide), corpulento e cabeça grande, parecem ter sido os mais antigos, e depois levas do tipo armenóide-caucásico foram se instalando gradualmente no final da época pré-dinástica, vindos da Ásia. No entanto, as populações do sul já descritas constituíram o grosso classe dominante no período dinástico, mesmo com a transferência da capital para Mênfis, e assim se mantiveram ao longo dos séculos, mas também misturando-se aos nortistas.

Todos estes tipos e suas combinações mútuas constituíram a base do população do Egito dinástico, e se encontram lá até hoje em dia. Ao lado de vários outros povos que subsequentemente lá entraram, mas que nunca se constituíram em maioria no país. Os egípcios do sul não são “imigrantes sudaneses” como as vezes os egípcios no norte os rotulam, e nem os egípcios do norte são “turcos e albaneses” como os egípcios do sul as vezes os acusam. São todos, em sua diversidade, legitimamente egípcios, e seus ancestrais serviram aos faraós, respeitavam divindades com cabeça de animais e viram as pirâmides serem levantadas. Hoje em dia todos se consideram “árabes” por sua língua, cultura e religião, não importa que sejam loiros de olhos verdes ou pretos como azeviche, o que não significa, de jeito nenhum que os árabes tenham em algum momento invadido massivamente o Egito e massacrado sua população. Eles apenas dominaram militarmente o país e impuseram a ele seus costumes, como fizeram outros povos antes e depois.

No caso dos antigos egípcios, as múmias, os restos mortais e algumas representações artísticas mais realistas mostram que, como hoje, antigamente, não havia um tipo egípcio único, mas que a maioria da população, como hoje em dia também, não cabia na descrição de “branco” no sentido europeu ou estadunidense. Eles então se definiam simplesmente como Remtju Ta-Kemet, As Pessoas da Terra Negra. “Negra” não da “raça”, já que o conceito de “raça negra” só iria aparecer no final da Idade Média, mas do lodo fértil do vale do Nilo que lhes possibilitou uma rica civilização, constituída por pessoas de diferentes tipos e suas várias misturas e que, como tentamos pensar a Humanidade nos dias de hoje, se viam como um só povo, cuja arte convencionalmente representava como tipos ideais que sintetizam toda sua diversidade, e que conceitos pobres e estreitos como “raça” são insuficientes para definir.

Na foto, jovens recrutas egípcios, de perfil bem faraônico..

Afinal, como eram os antigos egípcios?
Egípcios são etnicamente árabes, por falarem a língua árabe e sua cultura ser predominantemente de origem árabe, sobretudo a parte religiosa. Mas fenotipicamente são diferentes tanto dos árabes como dos africanos subsaarianos, e ligeiramente diferentes
de seus vizinhos berberes, ainda que possam trazer traços de todos eles! Egípcios são, foram e ainda serão (Inshallah!) egípcios.


Faraó Akhenaton e rapaz fotografado nas ruas do Cairo em 1912.


Muito se fala atualmente que o povo do Antigo Egito se extinguiu, que era uma gente diferente da que existe hoje lá, a qual seria originada de subsequentes invasões e colonizações de líbios, persas, macedônios, gregos, romanos, árabes, turcos, circassianos e armênios. Sim, estes povos vieram e participaram do caldeamento genético do Egito atual. No entanto, o atual conhecimento da genética aponta: mais da metade do DNA da população do Egito moderno já estava lá nos tempos das pirâmides, e em algumas regiões, esta proporção alcança quase 70% (e talvez mais, nos recônditos mais rurais).

Para todos os efeitos, quem quer saber como eram os antigos egípcios basta olhar para os egípcios de hoje, sobretudo os das camadas mais populares e os da parte sul do país.


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Postagens referência.
1. https://www.facebook.com/photo.php?fbid=675984265778973
2. https://www.facebook.com/photo.php?fbid=676029255774474
3. https://www.facebook.com/photo.php?fbid=676056275771772

ILUSTRAÇÃO: Faraó Akhenaton
e rapaz fotografado nas ruas do Cairo em 1912.
5. https://www.facebook.com/photo.php?fbid=663118740398859

Mais postagens sobre a Civilização Egípcia (atualizado frequentemente)
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.676011412442925.1073741850.301524119891658

Legendas, imagem do topo;

Esquerda: Estátua Retrato de Ka-Aper, a partir de sua mastaba em Saqqara, Egito, Quinta Dinastia. 2450-2350 aC. Madeira com olhos de cristal de rocha, 3 '7 1/4 "de altura. Museu , Cairo, Egípcio.

Direita superior: Prisioneiros núbios de fenótipo negroide sendo contabilizados por escribas egípcios de fenótipo... egípcio (?) Tumba de Horemheb (que depois se tornaria faraó) em Saqqara – 18ª Dinastia.

Direita inferior: A Human rainbow of skin colours by Sarah Leen, National Geographic Channel 2007

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Artigo de autoria do Prof. Dr. Robson Cruz, graduado em história, licenciatura e bacharelado pela Universidade Federal Fluminense, com especialização em história antiga, mestrado e doutorado pela UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, autor e colaborador da página & grupo Egiptologia Brasil, publicado originalmente na página Egiptologia Brasil, e posteriormente adaptado ao site.

25 de agosto de 2014

[DOC] A Grande Família dos Felinos



Walt Disney explica nesse vídeo um pouco sobre a família dos felinos, primeiramente focando nos grandes leões selvagens e, posteriormente, nos gatos domésticos. É explicado a importância dos gatos no antigo Egito para o desenvolvimento dessa civilização e como as pessoas os respeitavam, eram literalmente deuses. O vídeo cita também a perseguição injusta e covarde que fizeram com esse pobre animal na idade média, tudo baseado em superstições e crendices.


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20 de abril de 2014

O feriado mais antigo do mundo: a Páscoa Egípcia

Ilustração: Banquete funerário da tumba do Escriba Contador do Celeiro das Oferendas Divinas Nebamon (reinado de Amenhotep II/Tutmés IV), onde o proprietário e sua esposa Hatshepsut, recebem seus amigos e parentes para uma festa na bem-aventurança eterna, em uma terra onde se vive uma existência sem imperfeições.

O Shamm en-Nisīm, a segunda-feira de Páscoa copta, atravessou séculos, invasões, mudanças de regime e de religião, e até hoje todos os egípcios, independente de credo, cor ou origem festejam em todo o país.

É sabido que o Pesah, a Páscoa judaica que deu origem à Páscoa cristã tradicionalmente nasceu no Egito, quando, como relata o Livro do Êxodo, Deus teria ordenado a seu povo, ainda cativo no Egito, que ingerissem pão não fermentado em sua refeição e marcassem a entrada de suas casas com sangue de cordeiro, para que o Anjo da Morte enviado por Deus os reconhecesse e poupasse seus primogênitos.

A Páscoa egípcia marca o começo da estação das colheitas, o shemu ou shomu, daí o nome copta shom ennisim. Ela é celebrada com consumo peixes defumados e desidratados, lentilhas e, o principal: muita cebolinha asiática (Allium fistulosum). O shemu marca a chegada do khamsin, o vento seco do deserto, que traz muitas alergias e infecções respiratórias. O consumo de cebola (conhecida por suas propriedades expectorantes e bronco-dilatadoras) parece aliviar estes efeitos da chegada desta época. Não parece ser à toa que fizesse parte da ração recebida pelos trabalhadores na construção das pirâmides. 

Pelo país inteiro o odor das cebolas se dissemina nesta época desde aqueles dias do passado mais distante. Por esta razão, os árabes, com a poesia típica de seu idioma, rebatizaram o feriado de Shamm en-Nisīm, que significa “cheirar a brisa” o que, na verdade, vem também da tradição egípcia, assinalada em vários monumentos, estelas e inscrições, como um desejo embutido de saúde e bem-aventurança, pela expressão “que aspires o delicioso sopro do vento norte”. O vento norte, associado ao deus Shu, correspondia ao próprio halite da criação divina, emanado por Atum, o Criador, Segundo a teologia heliopolitana. Este hálito podia ser atribuído também a Ptah-Tatenen, Segundo a teologia menfita, por Khnum, segundo a teologia do extremo sul, por Herishaef (“Harsafes”), segundo a teologia heracleopolitana, e por Aten, segundo a reforma de Akhenaton. A intenção era transformar um período que poderia ser visto como catastrófico, como algo extremamente positivo, e totalmente inserido no plano divino. Aparentemente, as pessoas de classes mais abastadas preferiam uma referência direta com a divindade, pela utilização de botões de lótus, símbolos de Atum e de Nefertum. A representação, nos afrescos de tumbas, destas pessoas no Além, aspirando o odur de botões de lotus, as coloca em contato com o Hálito de Vida do Criador, como se a vida ideal no plano espiritual fosse um eterna Páscoa.

Autor: Robson Cruz

A equipe Egiptologia Brasil deseja à todos uma Feliz Páscoa!


(Artigo originalmente publicado na Página Oficial do Blog "Egiptologia Brasil" no Facebook. Acompanhe-o Aqui.)

6 de janeiro de 2014

Astrologia Egípcia


O sábio Imhotep inventou o calendário egípcio, no ano 2769 antes de Cristo, que era parecido com o que usamos hoje. O ano egípcio iniciava quando a estrela Sírius surgia no horizonte de Mênfis, a cidade dos primeiros faraós, e que no nosso calendário corresponde ao dia 16 de julho.



A partir do calendário de Imhotep, os astrólogos egípcios criaram um Zodíaco divido em 12 signos, correspondentes aos doze meses do ano.

Cada signo é representado por um deus; cada divindade regendo durante um tempo e vibrando suas características próprias sobre as pessoas nascidas sob um determinado signo.


A herança deixada pela civilização egípcia, que se debruçou sobre quase todas as áreas da ciência e do saber é incalculável, nesses legados está a Astrologia Egípcia. Os sábios egípcios eram extremamente hábeis a marcar o tempo, ótimos observadores, conheciam o movimento de rotação da Terra e, muito obedientes aos sinais dos céus, foram exímios na arte de interpretar os astros e prever os destinos. Provavelmente, os primeiros astrólogos de que se tem conhecimento.

Os egípcios consideravam a astrologia uma das ciências mais importantes das suas vidas e era tão fundamental que pouco ou nada era feito sem se consultarem os astros.


Neste artigo saberemos mais sobre esta astrologia e aprenderemos a saber qual o nosso signo egípcio!


A Origem do Horóscopo Egípcio



O horóscopo egípcio tem uma origem bastante simples. O país era deserto, a água para o cultivo era rara e portanto muito preciosa. Os únicos momentos que permitiam aos egípcios assegurar as colheitas, aconteciam nos momentos das cheias do Nilo. Os camponeses fizeram então coincidir as suas plantações com as cheias do rio e prepararam meios para guardar a água. Essas cheias eram de tal forma importantes que os sacerdotes pensaram em prever antecipadamente o momento das cheias, observando a Lua, o Sol e as estrelas.


O aparecimento dos primeiros observadores de estrelas vem a culminar no nascimento do astrólogo por si só. Com o passar dos séculos e com os cálculos dos sacerdotes e observadores, os egípcios criaram o seu calendário, cuja divisão ritmava a vida da cidade, das suas crenças, das suas vidas, da natalidade e até dos desígnios dos faraós.


Toda a organização do ano bem como a mudança de estações era atribuída aos Deuses. Os sacerdotes repararam que a estrela Sirius desaparecia do céu durante 365 dias, para reaparecer antes das cheias do Nilo. Assim atribuíram ao ciclo dessa estrela o tempo de “1 ano decorrido”. Assim o ano egípcio iniciava-se quando a estrela Sírius surgia no horizonte de Mênfis, a cidade dos primeiros faraós, e que no nosso calendário corresponde ao dia 16 de Julho, sendo o sábio Imhotep quem inventou o calendário egípcio, no ano 2.769 antes de Cristo,


As estações eram em número de 3:
  • Schemon, a Primavera, de 26 de Abril a 23 de Agosto, época da apanha;
  • Schâ, o Outono, de 24 de Agosto a 26 de Dezembro, momento das cheias;
  • Pré, o Inverno, de 27 de Dezembro ao 25 de Abril, época das sementeiras.
O calendário egípcio tira a sua especificidade no modo como dividiram o ano, os meses e os dias. O ano foi dividido em 12 meses e cada mês era simbolizado com as características de um Deus, assim sendo, cada pessoa fica sob a influência dessa divindade, de acordo com a sua data de nascimento.

Os meses eram divididos em 3 períodos de 10 dias. Esses dias eram eles próprios divididos por 12, dando origem a ciclos de 2 x 12 horas, horas de dia, e horas de noite.Para os egípcios, os dias e as horas ficavam igualmente sob a influência de uma força superior. Os planetas. São estes: o Sol, a Lua, Marte, Mercúrio; Júpiter, Vénus, e Saturno. Os planetas também têm influência sobre os nascimentos.


Em resumo, segundo a astrologia egípcia, uma pessoa fica sob a influência de uma Divindade, em função do seu mês de nascimento, e sob a influência de um planeta em função do seu dia e hora de nascimento.


"Como o ano lunar de 12 meses de 30 dias resultava num ano de 360 dias, ajustaram-no ao ano solar com mais cinco dias, chamados "Epagômenos", em que se homenageavam os grandes Néteres: Osíris, Hórus, Seth, Ísis e Néftis."





Deuses do Horóscopo



Anúbis — O Guardião dos Mortos



Signo ocidental correspondente: Capricórnio
Período: 16 de dezembro a 15 de janeiro


Força de vontade, persistência e teimosia são características dos filhos de Anúbis. São exigentes, confiáveis e ambiciosos. A expressão, muitas vezes séria, mostra um temperamento reservado. Gostam de privacidade e, às vezes, se distraem com os próprios pensamentos. Muitos dos nativos não abrem o jogo do que realmente pensam.


Alcançam suas metas através de muito trabalho. A estabilidade financeira chega após os 40 anos, a não ser que recebam uma herança.


Os protegidos de Anúbis são inteligentes, sagazes e, profissionalmente, se adaptam bem a área de medicina, jornalismo e engenharia.


No amor são companheiros, inquietos, sedutores e volúveis. As mulheres ou os homens desse signo, podem ter a oportunidade de casar duas vezes. Gostam de se vestir com elegância. Praticam esportes e ginástica. São bem informados, lêem sobre todos os assuntos.


Na saúde, os resfriados e infecções devem ser cuidados com cautela. Alimentação deve ser sempre sadia, pois o nativo pode ter problemas de digestão. Os joelhos e as pernas são pontos sensíveis.



Dicas:



  • Dia da Semana: Sábado
  • Número: 8
  • Cores: cinza, verde-claro e marrom.
  • Flor: crisântemo
  • Pedra preciosa: ônix


Bastet — A deusa gata



Signo ocidental correspondente: Aquário
Período: 16 de janeiro a 15 de fevereiro


Esses nativos são intelectualmente ativos, assimilam e entendem sobre todos os assuntos com facilidade. São independentes, emotivos e instáveis nos sentimentos, sofrendo algumas depressões.


Os filhos de Bastet são estranhos e traiçoeiros quando não estão resolvidos internamente.


São excêntricos e apaixonados por aventuras perigosas. Têm uma imaginação surrealista. Podem ser atores, escritores, médicos, professores e advogados. Sabem conduzir uma conversa em grupo, despertando admiração a atenção de todos.


No amor são criativos, dotados de mistério e misticismo, costumando sentir o parceiro de forma aguçada. Os jovens preferem “ficar”, em vez, de assumir compromissos. Sexualmente, são fogosos e gostam de carícias diferentes. Seus pontos são os lábios e os tornozelos.


Na saúde, os nativos podem ter problemas digestivos ou nas vias respiratórias. Tendência ainda à artrite, dores na coluna e alguma disfunção glandular.


Dicas:



  • Dia da semana: Segunda-feira
  • Número: 9
  • Cor: azul
  • Flor: margarida

Tawaret — A deusa da fertilidade



Signo ocidental correspondente: Peixes
Período: 16 de fevereiro a 15 de março


Os nativos que recebem influências da deusa Tawaret têm grande sensibilidade. Aparentam tranqüilidade e timidez. São super-intuitivas, têm fortes premonições e inspirações misteriosas. Os nativos são afetuosos, sinceros, compreensivos e justos. Quando exercem o lado negativo da personalidade são mentirosos, preguiçosos e agressivos. O filho de Tawaret, deve escolher bem as amizades para não se decepcionar mais tarde. Adoram brincar, imitar, criar. São divertidos, quando, bem humorados.


Podem seguir as seguintes profissões: ator, médico, enfermeiro, professor e de economista.


A vida afetiva é de altos e baixos, pois idealizam demais os parceiros. São sedutores e podem ter vários casamentos.


A saúde dos nativos é delicada. Propensão a problemas na vesícula, males do estômago, problemas nos pés e na coluna. As crianças regidas pelo signo de Tawaret são tranqüilas de serem educadas. Na infância, precisam de afeto e atenção, para que, mais tarde, não fiquem complexadas.


Dicas:



  • Dia da Semana: Quinta- feira
  • Número: 5
  • Perfume: sândalo
  • Flor: rosa
  • Metal: prata e estanho
  • Pedra preciosa: ametista.

Sekhmet — A deusa leoa



Signo ocidental correspondente: Peixes e Áries
Período: 16 de março a 15 de abril


São líderes natos, otimistas, idealistas e persistentes. Têm vitalidade, força de caráter. Mente ágil, tendência a agressividade, mas sabem controlar-se.


Estes nativos são magnéticos, atraindo com facilidades amigos e amores. Podem exercer qualquer cargo de chefia e profissões esportistas. Têm espírito competitivo. Apaixonam-se com facilidade. Adoram ser acariciados na nuca e na cabeça. As mulheres são práticas, sinceras e sujeitas a crises de ira, que passam rapidamente.


Os homens são atraentes, o temperamento aventureiro e, em alguns nativos, a infidelidade é uma constante.


Na saúde, costumam sofrer dores de cabeça, seu aparelho digestivo é delicado, bem como o aparelho respiratório, sendo sujeitos a asma, enfisema pulmonar e bronquite.


Na infância, são crianças arteiras, alegres e indóceis. Têm uma intuição maravilhosa. Não gostam de receber ordens, entrando em conflitos com os pais.


Dicas:



  • Dia da semana: Terça-feira
  • Números: 1 e 5
  • Cor: vermelho
  • Flor: violeta
  • Metal: ferro
  • Perfume: alfazema.
  • Pedra preciosa: Ágata do Fogo


Ptah — O Criador Universal



Signo ocidental correspondente: Áries e Touro
Período: 16 de abril a 15 de maio


Como existe uma combinação de Áries e Touro no zodíaco Egípcio temos uma dupla influência no protegido por Ptah. Os nativos são corajosos, impulsivos e temidos. São persistentes, teimosos e materialistas. Adoram conforto, objetos com design moderno e, quando podem, compram os últimos lançamentos na área de informática. Viagens a trabalho ou lazer fazem parte da vida do nativo.


Possuem boa resistência física, e oscilam entre a calma e a impaciência.


No amor, são sensuais, de sexualidade intensa; o contato com a pele é fundamental para os nativos. Terão muitos amores e uniões durante a vida.


As mulheres são independentes, ativas, femininas e vaidosas. Gostam de crianças e preservam a ligação com a família. Atraem homens com facilidade. Os homens desse signo são comodistas, bem informados, amam o conforto. São bons pais e bons maridos. Quando felizes no casamento serão fiéis, amigos e protetores.


Na infância são fortes, tenazes e sensuais desde cedo. São gulosas e, para educá-las bem, é preciso pulso forte pois, os filhos de Ptah são teimosos.


Na saúde, têm boa recuperação física e uma leve tendência a obesidade, pois gostam de comer bem e são um pouco preguiçosos para fazerem ginástica.


Devem tomar cuidado com acidentes na cabeça, amidalites, dores na coluna cervical, insuficiência renal e hepática.


Dicas:



  • Dia da semana: Terça-feira e a Sexta-feira
  • Números: 1 e 8
  • Cores: vermelho-claro e o azul em todos os tons.
  • Flor: girassol
  • Perfume: sândalo e a verbena.
  • Pedra preciosa: olho de tigre.


Thot — O inventor da escrita



Signo ocidental correspondente: Touro e Gêmeos
Período: 16 de maio a 15 de junho


Como a flor de lótus, os filhos de Toth são sensíveis, sensitivos e intelectuais. São firmes nas decisões, determinados a vencer obstáculos. Não gostam de ser pressionados tanto no trabalho como no amor. Adoram novidades, são bem informados, alguns são escritores, jornalistas ou radialistas. Sabem lidar com a terra, as flores, os frutos. Alguns conquistam bons amigos, outros sãos bruscos e francos demais, afastando os contatos. São possessivos, têm medo de perder seus bens ou não se aventuram em novas oportunidades quando não sentem segurança.


Excelentes colaboradores, enfrentam a vida com coragem. Este tipo misto, que nasce sob a proteção do deus Toth, é aberto a opiniões e sabe reconhecer os próprios erros. Sua atitude é calorosa e alegre ao reencontrar um amigo. O seu nervosismo o impede de ocupar-se por muito tempo no mesmo assunto.


Não fazem diferença entre uma relação afetiva e uma atração física. Esta última constitui para os nativos uma importante motivação. Não se ligam com facilidade a outras pessoas, mas quando isso acontece são capazes de fazer sacrifícios pelo parceiro.


Na saúde têm o sistema nervoso frágil e precisam de esporte para aliviar a pressão do dia a dia. Há tendências a terem problemas nos rins, nos órgãos genitais, garganta e boca. A coluna vertebral será sempre um ponto delicado.


As crianças são quietas, tímidas, pensativas, gostam de brincar sozinhas. Amam a natureza, os animais a liberdade.


Dicas:



  • Dia da semana: Quarta-feira
  • Números favoráveis: 5 e 6
  • Cores: verde-claro e o azul em todos os tons
  • Perfume: verbena
  • Pedras preciosas: turquesa ou esmeralda


Ísis — A Grande Mãe Cósmica



Signo ocidental correspondente: Gêmeos e Câncer
• Período: 16 de junho a 15 de julho

Quem nasce sob o signo de Ísis é sensível e tem dons telepáticos. Adoram desafios; são simpáticos, de espírito maternal e são espertos nos negócios. Manipulam as pessoas com seu jeito de criança e fala mansa conseguindo atingir os seus objetivos. São ambiciosos, criativos e divertidos. Têm diplomacia e sabem acalmar situações tensas. São instáveis, especialmente na Lua Cheia e no Quarto Crescente, mudando de opinião ou ideais. O passado é sempre presente nas lembranças dos nativos. Não gostam de ser criticados.

Alguns filhos de Ísis costumam viver longe de seus pais e irmãos e formam uma família com pessoas estranhas, a quem amam e se integram com elas. Adoram os filhos. São românticos, gostam de arte e música.

São carentes e precisam alguém mais forte que os proteja. No amor, são apaixonados e desconfiados, exigindo atenção o tempo todo. Sua imaginação os faz muito teatrais e vivem os seus próprios dramas interiores. São reservados, ciumentos e possessivos. São muito carinhosos e atenciosos com os filhos.

Na saúde a parte mais sensível é o estômago e os intestinos. Quando estão muito nervosos, suas mãos tremem. As filhas de Ísis são férteis e devem tomar cuidado com o aparelho reprodutor. Homens e mulheres deste signo são sujeitos a terem hemorróidas internas e externas.


Dicas:

  • Dia da semana: Segunda-feira e Quarta-feira
  • Número: 5
  • Cor: o branco, o prateado e o lilás
  • Perfume: rosa e lírio
  • Metal: a prata

Rá — O Deus Sol



Signo ocidental correspondente: Leão
Período: 16 de julho a 15 de agosto


Força, vitalidade e ação fazem parte das qualidades dos protegidos de Rá. São vaidosos, falantes, adoram aplausos. Nos palcos, da vida gostam de representar papéis de destaque. Veja bem, desde pequenos são irreverentes, brigões e autoritários. É importante paz e tranqüilidade, dos pais, para acalmar esses nativos, nos momentos de ira. Educá-los com carinho e compreensão é o caminho. Não gostam de ser contrariados e repreendidos na presença de estranhos.


São sensuais, generosos e sinceros. São instáveis nas amizades quando se sentem desvalorizados pelo outro. Precisam ser o centro das atenções.


Criatividade, humor e intuição não faltam. Transformam do nada, alguma coisa inusitada. Geralmente vencem na vida porque são ambiciosos.


Inteligentes, indagadores e estudiosos podem exercer carreiras de destaques como: artistas, escritores, músicos, médicos, engenheiros, banqueiros e tendência para a política.


Os nativos de Rá se apaixonam de forma rápida e com intensidade. Adoram carinhos nas costas, na região da coluna e as coxas são pontos erógenos.


Na saúde o ponto fraco é o coração, podendo ter problemas cardíacos se abusarem no ritmo de vida. Outros pontos vulneráveis são dores na coluna e no estômago, devido ao nervosismo.


Dicas:



  • Dia da semana: Domingo
  • Número favorável: 1
  • Cores: amarelo e dourado.
  • Flores: rosa amarela e girassóis.
  • Metal: ouro
  • Pedra preciosa: crisólita amarela.

Neit — A Deusa da Caça



Signo ocidental correspondente: Virgem
Período: 16 de agosto a 15 de setembro


Os protegidos da Deusa Neit tem uma grande agilidade mental, são simpáticos e sinceros nas críticas. Na infância, são precoces, sensíveis e inteligentes. Gostam de estudar, mas não gostam de ser cobrados ou pressionados.


Alguns nativos ficam tímidos e inseguros quando testados. Os regidos por Neit têm tendência a relembrar fatos que não levam a nada. Pensam muito antes de tomar decisões.


Não gostam de intrigas, invejas ou fofocas no trabalho, na família ou no relacionamento pessoal.


Geralmente, os nativos são disciplinados e organizados quando desenvolvem qualquer tipo de trabalho. São carentes e necessitam atenção. Não costumam esquecer ofensas.


No amor são honestos, amigos e de confiança; só depois de muita intimidade se soltam nas relações. Neit é uma Deusa que gosta de liberdade, tem dificuldade de se adaptar à rotina do casamento.


Profissionalmente, pode ser bom médico, professor, analista de sistema ou artista.


Para despertar a sensualidade, nos nativos da deusa Neit, é importante uma relação alegre e espontânea. Isso os ajuda a relaxar porque, na maioria, das vezes, são tensos e nervosos. Suas áreas sensíveis são a parte interna das coxas, atrás dos joelhos e no próprio sexo.


Na saúde estão sujeitos a esgotamento nervoso e períodos de depressão. Pontos sensíveis: estômago e intestinos. Têm vida longa.

Dicas:


  • Dia da Semana: Terça-feira
  • Número favorável: 5
  • Cores: coral e o prateado
  • Flores: lírio branco e lírio amarelo
  • Metal: a prata
  • Pedras preciosas: coral e esmeralda.


Maat — A Deusa da Verdade



Signo ocidental correspondente: Libra
Período: 16 de setembro a 15 de outubro


Harmonia, beleza, elegância são qualidades dos regidos pela Deusa Maat. A nobreza de espírito e o senso inato de justiça fazem parte da personalidade do nativo.


São diplomatas e não gostam de ser indelicados ou tratados com grosserias. São avesso a violência, teimosos e firmes em suas opiniões.


Comunicam-se bem com o público. Gostam de leitura, de artes, de bons restaurantes, de dançar, namorar ou paquerar sem compromisso.


São sensíveis ao meio ambiente. Sabem viver de forma simples e adaptam-se as situações difíceis se for necessário.


Os que nascem sob a proteção de Maat são calmos e tranqüilos. São místicos, gostam de natureza, da poesia e música. Sabem fazer amizades e procuram conservá-las. Em geral, casam cedo. Tanto os homens e as mulheres desse signo são muito sensuais. Suas paixões são violentas e curtas. Adoram carinhos nas regiões das coxas e os órgãos genitais. Gostam de jogos amorosos.


Nem sempre a situação financeira dos nativos de Maat é estável. Devem tomar cuidado com contratos, empréstimos, sociedades ou casamentos.


Os órgãos que exigem maior atenção são os rins, a coluna e o sistema nervoso. Cuidado com diabetes.


Dicas:



  • Dia da Semana: Sexta-feira
  • Número favorável: 6
  • Cor: azul.
  • Flor: rosa
  • Pedras preciosas: diamante e o lápis-lazúli.


Osíris — O Deus da Eterna Renovação



Signo ocidental correspondente: Escorpião
Período: 16 de outubro a 15 de novembro


Existe um ar de mistério e sedução nos nativos do signo de Osíris. Sensíveis e intuitivos, bem orientados internamente, podem adquirir a sabedoria dos magos. Desde pequenos são ciumentos e possessivos. Estas crianças são autoritárias e impacientes.


Possuem a virtude da coragem, estabelecem metas de conquistas, tanto profissionais como afetivas. São investigadores e curiosos, querem estar sempre por dentro dos fatos. Se traídos são vingativos. Os protegidos de Osíris têm poder de decisão e amor à liberdade. É um amigo forte, mas quando ferido torna-se um inimigo implacável.


No amor são sensuais e ciumentos, gostam de aventuras rápidas e sexualmente são intensas.


As zonas de prazer são a boca e os órgãos genitais. Na saúde, os homens devem tomar cuidado com inflamações na próstata e, as mulheres, com problemas no útero e no ovário. A garganta é um órgão sensível para os nativos. Podem trabalhar como engenheiros, arquitetos, médicos ou cirurgiões e ocultistas.



Dicas:


  • Dia da Semana: Quinta-feira
  • Número favorável: 9
  • Cor: violeta
  • Flor: cravo branco
  • Pedra preciosa: esmeralda.


Hathor — Deusa do Amor e da Adivinhação



Signo ocidental correspondente: Sagitário
Período: 16 de novembro a 15 de dezembro


A deusa Hathor influencia seus filhos a serem ambiciosos, espertos e audaciosos. Muito inteligentes, são dinâmicos no trabalho, francos e diretos na comunicação com as pessoas. Adoram conforto e viajam sempre quando podem. Gostam de ter animais de estimação em casa.


No amor são atirados e conquistadores, às vezes prometem muito e não cumprem as promessas. Geralmente, se apaixonam por pessoas, com estilo de ser diferente ou que têm presença marcante. Adoram serem tocados em todas as partes do corpo.


Os homens deste signo sofrem altos e baixos na vida. Têm uma boa intuição nos negócios, escapando de problemas financeiros.


Na saúde, os pulmões são pontos frágeis; costumam sentir dores na coluna dorsal e cervical.



Dicas:


  • Dia da semana: Quarta-feira
  • Número: 3
  • Cor: azul
  • Flor: rosa amarela e lírio.
  • Perfume: sândalo.
  • Pedras preciosas: quartzo rosa e quartzo verde.



Autor: David Souza.

(Artigo originalmente publicado na Página Oficial do Blog "Egiptologia Brasil" no Facebook.)